INSS também é luta de classes

INSS também é luta de classes


O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia federal brasileira responsável por garantir a seguridade social dos trabalhadores, oferecendo benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.

A história do INSS começa com a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões (CAP) em 1923, durante o governo de Artur Bernardes. A CAP foi criada para atender aos funcionários públicos e aos empregados de empresas de estradas de ferro e telégrafos. A partir da década de 1930, outras categorias profissionais foram sendo incluídas na previdência social.

Em 1960, foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que reunia as várias autarquias responsáveis pela previdência social no país. Em 1990, durante o governo de Fernando Collor de Mello, o INPS foi extinto e deu lugar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que mantém as mesmas funções até hoje.

O contexto em que o INSS foi criado é marcado pela luta de classes no Brasil. A previdência social foi uma conquista dos trabalhadores, que lutaram por anos para garantir a proteção social e a segurança financeira na velhice, em caso de doença ou morte. A criação da CAP e do INPS foram fruto dessas lutas.

No entanto, o sistema previdenciário brasileiro sempre foi alvo de críticas e contestações. A falta de recursos para financiar a seguridade social e a má gestão do sistema foram fatores que contribuíram para a sua fragilidade. O INSS também tem enfrentado problemas como atrasos no pagamento de benefícios e a falta de recursos humanos para atender à demanda.

Em resumo, a história do INSS e das instituições anteriores a ele reflete a luta dos trabalhadores por direitos sociais e a importância da previdência social como um mecanismo de proteção social. No entanto, o contexto de luta de classes e as dificuldades enfrentadas pelo sistema previdenciário brasileiro evidenciam as contradições do modelo econômico e político do país.

Outros Modelos de previdência 


Os sistemas de previdência social variam de país para país, dependendo de diversos fatores, como as condições socioeconômicas, políticas e culturais. Abaixo, serão descritos brevemente os modelos de previdência social em alguns países, incluindo Brasil, China, Cuba, Coreia Popular, Laos e Vietnã.

Brasil:
O sistema previdenciário brasileiro é composto por diversos regimes, como o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que atende a maioria da população, e regimes especiais para servidores públicos, militares, entre outros. Os benefícios oferecidos incluem aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou invalidez, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.

China:
A previdência social na China é composta por três regimes: o urbano, o rural e o não residente. O regime urbano é financiado por empregadores e trabalhadores e oferece benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros. O regime rural é financiado principalmente pelo governo e oferece benefícios mais limitados. O regime não residente é voltado para trabalhadores migrantes.

Cuba:
O sistema de previdência social em Cuba é universal e gratuito, e oferece benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros. O sistema é financiado principalmente pelo governo e conta com a contribuição de trabalhadores e empregadores.

Coreia Popular:
O sistema de previdência social na Coreia Popular é universal e gratuito, e oferece benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros. O sistema é financiado pelo governo e conta com a contribuição de trabalhadores e empregadores.

Laos:
O sistema de previdência social no Laos é composto por dois regimes: o regime formal, para trabalhadores formais, e o regime informal, para trabalhadores autônomos e informais. Ambos os regimes oferecem benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.

Vietnã:
O sistema de previdência social no Vietnã é composto por dois regimes: o regime geral, para trabalhadores formais, e o regime de seguro social voluntário, para trabalhadores autônomos e informais. Ambos os regimes oferecem benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.

Em resumo, os modelos de previdência social variam de país para país, mas em geral têm o objetivo de garantir proteção social aos trabalhadores e suas famílias. Os sistemas são financiados por contribuições de empregadores, trabalhadores e/ou pelo governo, e oferecem benefícios como aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros.

Pelo fim da reforma da previdência


O Brasil está passando por uma fase de bônus demográfico, ou seja, uma fase em que a proporção de pessoas em idade ativa é maior do que a proporção de pessoas em idade inativa. Esse fenômeno pode ser uma oportunidade para o desenvolvimento econômico do país, mas também aponta para a necessidade de se rever a reforma da previdência, que foi aprovada em 2019.

A reforma da previdência estabeleceu novas regras para a aposentadoria, aumentando a idade mínima e o tempo de contribuição necessários para se ter acesso ao benefício. Essa reforma foi justificada pela ideia de que o país estava envelhecendo e que era preciso adequar o sistema previdenciário a essa realidade.

No entanto, o bônus demográfico indica que o país ainda tem um período de tempo em que a proporção de pessoas em idade ativa é maior do que a proporção de pessoas em idade inativa, o que significa que há um potencial de crescimento econômico que pode ser aproveitado. Além disso, a reforma da previdência teve um impacto negativo sobre a renda e a qualidade de vida dos trabalhadores, especialmente os mais pobres.

Nesse sentido, a revogação da reforma da previdência se faz necessária para aproveitar o bônus demográfico e promover um desenvolvimento econômico mais justo e equilibrado. É importante destacar que existem outras alternativas para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário, como a ampliação da base de contribuição, a redução de benefícios fiscais para empresas, entre outras.

Em resumo, o bônus demográfico aponta para a necessidade de se repensar a reforma da previdência e buscar alternativas para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário, sem prejudicar a renda e a qualidade de vida dos trabalhadores.

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