20% dos trabalhadores brasileiros estão na indústria e transporte de mercadorias
De acordo com o Banco Mundial, em 2019, a composição do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil por setor era a seguinte:
Agricultura: 4,4%
Indústria: 21,1%
Serviços: 74,5%
Já em relação ao percentual de trabalhadores em cada setor, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao trimestre encerrado em dezembro de 2021, a distribuição era a seguinte:
Indústria: 21,1%
Serviços: 74,5%
Já em relação ao percentual de trabalhadores em cada setor, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao trimestre encerrado em dezembro de 2021, a distribuição era a seguinte:
Agricultura: 11,4%
Indústria: 19,4%
Serviços: 69,2%
Indústria: 19,4%
Serviços: 69,2%
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A visão de Karl Marx sobre a indústria e transporte de mercadorias é conhecida por destacar a exploração dos trabalhadores nesses setores, especialmente no que diz respeito à mais-valia e à alienação do trabalho. Marx enfatizou que, em um sistema capitalista, os trabalhadores são explorados pelo proprietário dos meios de produção, que lucra com a venda dos produtos fabricados pelos trabalhadores.
Quanto às principais categorias e atividades na indústria e transporte de mercadorias em diferentes regiões do Brasil, a situação é heterogênea. Na região Norte, por exemplo, predominam atividades relacionadas ao transporte fluvial e à extração de minérios. Já no Nordeste, há uma concentração maior de trabalhadores nas atividades de produção de alimentos e bebidas, bem como na logística de transporte rodoviário.
No Centro-Oeste, a pecuária e a produção de grãos são as atividades mais relevantes para a indústria e transporte de mercadorias, enquanto no Sudeste, a indústria de transformação e o transporte de cargas por rodovias se destacam. No Sul, a produção de commodities agrícolas e a indústria metal-mecânica são as principais atividades econômicas que empregam trabalhadores do setor.
Apesar da importância dos trabalhadores da indústria e transporte de mercadorias, a taxa de sindicalização nacional é relativamente baixa em comparação com outros países. Por isso, alguns especialistas defendem a necessidade de uma maior organização dos trabalhadores para garantir melhores condições de trabalho e salários mais justos.
Fazendo um exemplo aritmético básico, a PEA brasileira é de 59%, ou seja, algo em torno de 126 milhões de pessoas, destes algo entre 25 a 26 milhões trabalham na indústria e transporte de mercadorias, a cada 100 brasileiros, aproximadamente 59 trabalham (ou estão desempregados), e 11 estão na produção e circulação direta de mercadorias. Ou seja, a Vanguarda pode ser composta por 11 a cada 100 brasileiros aproximadamente.
A questão da organização dos trabalhadores da indústria e transporte de mercadorias também tem sido discutida sob uma perspectiva Leninista, que destaca a importância da vanguarda operária na luta pelos direitos dos trabalhadores. De acordo com essa visão, é preciso que os trabalhadores se organizem em sindicatos e partidos políticos para construir um movimento de massa que possa desafiar o poder dos proprietários dos meios de produção e transformar a sociedade.
Construir uma Vanguarda
A vanguarda operária é um conceito importante para o pensamento de Lenin e para o movimento comunista como um todo. Esse conceito remonta aos primórdios do movimento socialista, quando Marx e Engels defenderam a necessidade de uma "classe consciente" que pudesse liderar a luta dos trabalhadores por seus direitos.
Para Lenin, a vanguarda operária era a parcela mais avançada e politicamente consciente dos trabalhadores. Esses indivíduos tinham uma compreensão clara da natureza da sociedade capitalista e do papel que a classe trabalhadora deveria desempenhar na transformação da sociedade. A vanguarda operária era composta principalmente de trabalhadores das indústrias mais desenvolvidas e de líderes sindicais e políticos que haviam adquirido experiência na luta contra a exploração e a opressão.
Para Lenin, a vanguarda operária era uma força revolucionária essencial para a transformação socialista da sociedade. Ele argumentou que, sem uma liderança política consciente e organizada, a classe trabalhadora seria incapaz de superar as divisões internas e as limitações impostas pelo sistema capitalista. Lenin defendeu a necessidade de um partido político revolucionário, composto pela vanguarda operária, que pudesse liderar a luta dos trabalhadores por seus direitos e pela construção de uma sociedade socialista.
A definição conceitual da vanguarda operária inclui, portanto, a ideia de que os trabalhadores mais conscientes e politicamente avançados devem liderar o movimento pelos direitos da classe trabalhadora. Esses indivíduos devem estar organizados em um partido político revolucionário que possa unificar e coordenar a luta dos trabalhadores por uma sociedade socialista. O papel da vanguarda operária é, portanto, fundamental para a construção de uma sociedade justa e igualitária, baseada na propriedade social dos meios de produção e no fim da exploração do homem pelo homem.
(Re)sindicalizar para avançar
A construção da Vanguarda Operária no Brasil é um desafio crucial para a luta dos trabalhadores por seus direitos e pela construção de uma sociedade socialista. Os sindicatos, historicamente, foram considerados por Marx, Engels e Lenin como uma importante ferramenta de organização e luta dos trabalhadores.
No Brasil, os sindicatos surgiram no início do século XX, como uma forma de organização dos trabalhadores urbanos e rurais. Desde então, os sindicatos desempenharam um papel importante na luta pelos direitos trabalhistas e na construção de um movimento operário organizado. No entanto, nas últimas décadas, o movimento sindical brasileiro tem enfrentado desafios significativos.
A taxa de sindicalização no Brasil tem caído constantemente nos últimos anos, passando de cerca de 20% da força de trabalho em 1989 para menos de 12% em 2021. Essa queda tem sido atribuída a uma série de fatores, incluindo a crise econômica, o aumento da informalidade no mercado de trabalho e a falta de representatividade dos sindicatos.
Diante dessa tendência preocupante, é necessário que os trabalhadores se unam para construir a Vanguarda Operária no Brasil. Isso envolve a organização e mobilização dos trabalhadores em torno de demandas concretas, bem como a construção de uma liderança política consciente e comprometida com a luta dos trabalhadores.
Para alcançar esse objetivo, é necessário fortalecer os sindicatos existentes e criar novas formas de organização dos trabalhadores. É importante que os sindicatos sejam mais democráticos e participativos, permitindo que os trabalhadores tenham voz ativa nas decisões que afetam suas vidas. Além disso, é necessário que os sindicatos sejam capazes de construir alianças estratégicas com outros movimentos sociais e políticos, de forma a ampliar a luta dos trabalhadores para além do âmbito exclusivo do mercado de trabalho.
A construção da Vanguarda Operária no Brasil é um desafio complexo e exigirá esforços conjuntos de toda a classe trabalhadora. No entanto, é essencial que os trabalhadores se unam e se organizem em torno de uma perspectiva socialista, capaz de enfrentar os desafios colocados pelo capitalismo e construir uma sociedade mais justa e igualitária.
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