Drácula de Bram Stoker: Inspiração revolucionária

 Drácula de Bram Stoker: Inspiração revolucionária

A história de Drácula é um romance gótico escrito por Bram Stoker, publicado pela primeira vez em 1897. "Drácula" é um romance gótico de terror escrito por Bram Stoker em 1897. É sua obra mais conhecida e foi imortalizada na televisão e no cinema. O romance, que é escrito na forma de cartas, ganhou fama devido ao seu uso de ideias vitorianas de moralidade e a sua reinterpretação dos mitos europeus de vampiros.

Bram Stoker nasceu na Irlanda e teve uma carreira diversificada, trabalhando como ator em Londres, gerente de negócios, repórter e crítico literário antes de escrever "Drácula". O livro foi escrito durante o reinado da Rainha Vitória na Inglaterra, quando o país experimentou mudanças econômicas, sociais e políticas significativas, incluindo a expansão do império britânico para outros lugares do mundo. Inspirado por lendas das montanhas dos Cárpatos, na Romênia, Stoker criou a história de uma luta entre forças do bem e o rei demônio, o vampiro Drácula.

Alguns livros que já analisaram a história de Drácula incluem "Dracula: A Case Study in Contemporary Criticism" de John Paul Riquelme e "Dracula: New Casebook" de  Glennis Byron. Esses livros examinam o livro de várias perspectivas, incluindo sua narrativa, temas, personagens e impacto cultural.

Mas o Vampiro pode ser uma otima analogia de nosso tempo e por isso ganha vulto, como disse Marx em O Capital:

"O prolongamento do dia de trabalho acima dos limites do dia natural, pela noite dentro, actua apenas como paliativo, só aproximativamente mata a sede de vampiro por sangue vivo de trabalho. Apropriar trabalho durante todas as 24 horas do dia é, pois, o impulso imanente da produção capitalista. Dado, porém, que isto é fisicamente impossível — as mesmas forças de trabalho seriam sugadas continuamente dia e noite — então é preciso, para vencer o impedimento físico, a alternância entre as forças de trabalho consumidas de dia e de noite, uma alternância que permite diversos métodos, p. ex., pode ser ordenada de modo que uma parte do pessoal operário exerça numa semana serviço diurno, na outra semana serviço nocturno, etc. Sabe-se que este sistema de turnos, esta economia de alternância, predominou no período pletórico de juventude da indústria inglesa do algodão, etc, e floresce presentemente entre outras nas fiações de algodão da gubérnia [Gouvernement] de Moscovo."

 De acordo com ele, o trabalho alheio é a "fonte da vida" dos burgueses e é por meio dele que eles mantêm sua posição dominante na sociedade., portanto, implementaram algo impensado antes do capital, a produção incessante, diuturnamente.

A analogia entre o vampiro e o burguês é amplamente explorada na cultura popular. Ambos são vistos como figuras que se aproveitam dos outros para obter seus próprios benefícios, e ambos são associados a uma escassez de recursos. Enquanto o vampiro suga o sangue de suas vítimas, o burguês suga o trabalho dos trabalhadores. Assim como o vampiro precisa de sangue para sobreviver, o burguês precisa do lucro para perpetuar sua posição de poder. 

 Marx vai mais longe, afirma que: 

"O capital é trabalho morto que apenas se anima, à maneira de um vampiro, pela sucção de trabalho vivo, e que vive tanto mais quanto mais dele sugar. O tempo durante o qual o operário trabalha é o tempo durante o qual o capitalista consome a força de trabalho por ele comprada. Se o operário consome o seu tempo disponível para si próprio está a roubar o capitalista"
O Vampiro é o próprio Capital e não somente o burguês!


Assim como Drácula foi uma centralidade de poder que liberto, liberta os outros do vulto maligno, há entre os burgueses este mesmo espaço, e há entre nós uma organização Helsing para caça-lo!

Matar o vampiro (Capital) e salvar Mina (os trabalhadores)!


Para um debate sobre a sociedade e o livro de Drácula, segue este vídeo do Horror Nestante




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