Bernadete Pacífico é um símbolo da resistência quilombola! PRESENTE!
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A resistência quilombola tem desempenhado um papel fundamental na luta contra a concentração de terras e a violência exacerbada do campo alimentada pelos interesses do agronegócio. Através da lente da teoria do materialismo histórico dialético, é possível compreender a complexidade desses conflitos e as dinâmicas subjacentes que perpetuam essa realidade.
O materialismo histórico dialético, desenvolvido por pensadores como Karl Marx e Friedrich Engels, oferece uma abordagem analítica para entender como as sociedades evoluem através de conflitos de classes, mudanças nas relações de produção e transformações econômicas. Nesse contexto, a luta quilombola emerge como um exemplo vívido de resistência contra as injustiças latifundiárias e a exploração do agronegócio.
A busca por terras e recursos para a expansão do agronegócio frequentemente resulta na expulsão de comunidades tradicionais, como os quilombolas, de suas terras ancestrais. Os latifundiários e as empresas agroindustriais utilizam sua influência política e econômica para avançar sobre esses territórios, resultando em um cenário de violência e deslocamento forçado.
O materialismo histórico dialético ajuda a elucidar como as relações de produção capitalistas influenciam a dinâmica dos conflitos agrários. A luta quilombola, nesse contexto, não é apenas uma resistência à apropriação de terras, mas também uma luta por autonomia, identidade cultural e justiça social. Os quilombolas, ao resistirem, desafiam as estruturas de poder vigentes e reivindicam seus direitos fundamentais.
A violência no campo muitas vezes é resultado da confluência de interesses econômicos e políticos. O agronegócio, impulsionado por uma lógica de lucro, frequentemente colide com a preservação dos modos de vida tradicionais e sustentáveis das comunidades quilombolas. Nesse contexto, a teoria do materialismo histórico dialético ilumina a natureza contraditória desses conflitos e como eles refletem a contradição entre as forças produtivas modernas e as relações sociais tradicionais.
Portanto, a aplicação da teoria do materialismo histórico dialético ao contexto da luta quilombola contra os latifundiários e a violência do campo proporciona uma compreensão profunda das dinâmicas subjacentes a esses conflitos. A resistência dos quilombolas é um exemplo poderoso de como as forças sociais e econômicas se confrontam, evidenciando a necessidade de transformações estruturais e a promoção de justiça para as comunidades marginalizadas.
Pedimos JUSTIÇA!
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