Manifestação contra o Juros altos acontece em BH

Manifestação contra o Juros altos acontece em BH


No dia 20 de junho, ocorrerá um protesto em Belo Horizonte, Minas Gerais, pela redução das taxas de juros. O protesto faz parte de uma jornada nacional de lutas convocada pelas centrais sindicais. A manifestação terá início às 10h em frente à sede do Banco Central. A campanha, intitulada "Juros altos, poucos lucram, muitos perdem", foi lançada pelas centrais sindicais para pressionar por mudanças na política monetária do BC.

A taxa básica de juros da economia brasileira, chamada de Selic, está atualmente em 13,75%, uma das maiores do mundo. O presidente Lula tem questionado a manutenção dessa taxa, mas o Banco Central, sob o comando de Roberto Campos Neto, indicado pela gestão de Jair Bolsonaro, insiste em não reduzi-la. A não redução da Selic resulta em maior endividamento da população, aumento do desemprego e dificuldade na renegociação de dívidas. As altas taxas de juros prejudicam o consumo e a produção, impactando negativamente a economia.

As centrais sindicais convocaram as manifestações para mostrar o descontentamento da população com a política monetária do Banco Central. O objetivo é pressionar por mudanças que promovam mais emprego, investimento, educação e saúde.

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Os altos índices de juros têm sido um obstáculo para o desenvolvimento econômico do Brasil. Esse problema tem sido abordado sob diferentes perspectivas, incluindo a visão marxista sobre a inflação.

Segundo os economistas marxistas, existem três abordagens principais para entender a inflação. A primeira delas é a teoria da inflação como resultado do aumento dos custos de produção, como salários e matérias-primas. Essa abordagem destaca que o repasse desses custos para os preços finais dos produtos gera um aumento geral dos preços na economia.

A segunda abordagem marxista considera a inflação como uma forma de redistribuição de renda. De acordo com essa perspectiva, quando os preços sobem, os trabalhadores e a classe média têm seu poder de compra reduzido, enquanto os proprietários de empresas e os detentores de capital obtêm lucros maiores. Assim, a inflação atua como um mecanismo de transferência de recursos das classes menos favorecidas para as mais privilegiadas.

A terceira abordagem marxista relaciona a inflação aos problemas estruturais do capitalismo. De acordo com essa visão, o sistema capitalista, baseado na busca de lucro, tende a gerar ciclos de expansão econômica seguidos por crises. A inflação seria uma forma de tentar manter a economia funcionando, evitando o colapso. No entanto, essa política de juros altos acaba prejudicando o desenvolvimento econômico a longo prazo.

No caso específico do Brasil, os juros são extraordinariamente altos em comparação com o restante do mundo. A taxa básica de juros, conhecida como Selic, está em um dos níveis mais elevados, atualmente em 13,75%. Essa política monetária dificulta o acesso ao crédito, encarece o custo dos empréstimos e impacta negativamente o consumo e os investimentos, afetando o crescimento econômico do país.

Dessa forma, fica evidente que a manutenção de juros altos como uma política para combater a inflação é ineficaz e prejudicial para o desenvolvimento econômico. É necessário repensar essa estratégia e buscar alternativas que promovam um ambiente econômico mais saudável, estimulando o investimento, o emprego e a redução das desigualdades sociais.

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