Enfermagem e técnicos de enfermagem em greve em Minas Gerais

Enfermagem e técnicos de enfermagem em greve em Minas Gerais 


Enfermeiros e técnicos de hospitais públicos em Minas Gerais entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação é motivada pela insatisfação com as resoluções que modificaram a jornada de trabalho, estabelecidas em um acordo entre a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). O sindicato dos profissionais divulgou as reivindicações, que incluem a revogação das resoluções que aumentaram a carga horária e retiraram o direito das mães com filhos especiais de cumprir horário especial. A mobilização também envolve outros servidores da área da saúde. Em fevereiro, as resoluções foram suspensas temporariamente, mas foram retomadas em 1º de junho. O governo afirma que está em diálogo com os servidores e que está considerando os limites legais. A Fhemig argumenta que existem várias escalas de trabalho e que não houve aumento na carga horária.

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Os enfermeiros e técnicos de enfermagem desempenham um papel fundamental na reprodução e manutenção da classe trabalhadora por meio do cuidado à saúde. Esses profissionais atuam nos hospitais públicos, sendo responsáveis por garantir assistência médica e cuidados aos pacientes.

Durante a pandemia da COVID-19, esses trabalhadores estiveram na linha de frente, enfrentando condições desafiadoras e arriscando suas vidas para salvar vidas. Sua atuação vai além do tratamento e cuidado direto, abrangendo também a prevenção de doenças, promoção da saúde e educação dos pacientes.

Os enfermeiros e técnicos de enfermagem desempenham um papel essencial na manutenção da força de trabalho, pois ajudam a manter os trabalhadores saudáveis e aptos a desempenhar suas funções. Eles realizam exames médicos, administram medicamentos, fornecem orientações sobre higiene e segurança no trabalho, entre outras atividades relacionadas à saúde ocupacional.

Além disso, esses profissionais têm um papel crucial na reprodução da classe trabalhadora, pois cuidam da saúde das mulheres em idade fértil, auxiliando no pré-natal, parto e pós-parto. Eles também oferecem cuidados pediátricos, acompanhando o desenvolvimento das crianças e promovendo a saúde infantil.

No entanto, é importante ressaltar que esses profissionais muitas vezes enfrentam condições de trabalho precárias, baixos salários e falta de reconhecimento. A recente greve dos enfermeiros e técnicos de enfermagem em Minas Gerais é um exemplo disso, evidenciando as insatisfações com as resoluções que modificaram a jornada de trabalho e retiraram direitos.

Diante desse cenário, é fundamental valorizar e reconhecer o papel dos enfermeiros e técnicos de enfermagem na reprodução e manutenção da classe trabalhadora, proporcionando-lhes condições adequadas de trabalho, remuneração justa e valorização profissional. A saúde da população e a força de trabalho dependem do comprometimento e dedicação desses profissionais essenciais.


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