Esquerda na África do Sul

Esquerda na África do Sul 


A África do Sul é um país localizado no extremo sul do continente africano e foi colonizada pelos holandeses em 1652, que estabeleceram a Colônia do Cabo. Em 1806, a colônia foi ocupada pelos britânicos, que assumiram o controle total do país em 1910. A política do apartheid, que foi implementada em 1948, segregava a população do país em raças diferentes e durou até 1994, quando Nelson Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul em um regime democrático.

Atualmente, a África do Sul tem uma população de cerca de 59 milhões de habitantes e é considerada a segunda maior economia da África, atrás apenas da Nigéria. O país tem 11 línguas oficiais e é conhecido por sua rica diversidade cultural. O país também enfrenta desafios significativos, como altos níveis de desemprego, desigualdade econômica e social, violência e instabilidade política.

Recentemente, a África do Sul tem enfrentado uma série de desafios significativos, incluindo a pandemia do COVID-19, que causou uma grave crise de saúde pública e econômica no país. Em julho de 2021, o país foi abalado por uma onda de tumultos e saques em várias partes do país, causando grandes prejuízos econômicos e sociais. O governo sul-africano também enfrentou críticas pela forma como lidou com a distribuição de vacinas e pela corrupção generalizada em várias áreas do governo.

A economia da África do Sul é a segunda maior do continente, com um PIB de cerca de US$ 283 bilhões em 2020. O país é rico em recursos minerais, incluindo ouro, platina e diamantes, e é um dos maiores produtores de minério de ferro e carvão do mundo. O setor de serviços é o maior setor da economia, contribuindo com cerca de 67% do PIB, seguido pelo setor de manufatura com cerca de 30% e o setor primário com cerca de 2%. O país também é um importante destino turístico na África, com paisagens naturais incríveis e uma rica diversidade cultural.

Sindicatos, movimentos sociais e a esquerda na África do Sul

Os sindicatos, movimentos sociais e a esquerda têm uma longa história na África do Sul, sendo atores importantes na luta contra o apartheid e na construção da democracia no país.

Durante o regime do apartheid, os sindicatos foram uma das principais formas de resistência contra a opressão econômica e política que a população negra enfrentava. O Congresso de Sindicatos Sul-Africanos (COSATU) foi fundado em 1985 e se tornou uma força importante na luta contra o apartheid. Desde então, os sindicatos têm sido ativos na defesa dos direitos trabalhistas e na luta contra a desigualdade social e econômica no país.

Os movimentos sociais também desempenharam um papel importante na luta contra o apartheid e na promoção da justiça social na África do Sul. O Movimento Anti-Apartheid foi um dos principais movimentos sociais na luta contra a segregação racial e a opressão do regime do apartheid. Desde a transição para a democracia, os movimentos sociais têm lutado por uma variedade de questões, incluindo direitos humanos, justiça ambiental e acesso a serviços básicos.

A esquerda política na África do Sul é representada por vários partidos políticos, incluindo o Congresso Nacional Africano (ANC), que governa o país desde a transição para a democracia em 1994. O Partido Comunista Sul-Africano (SACP) é outro partido de esquerda importante, que tem uma longa história de luta contra o apartheid e agora faz parte da aliança governante com o ANC e COSATU. Existem também outros partidos de esquerda menores, como o Partido Socialista dos Trabalhadores e a Aliança Socialista.

No entanto, a esquerda sul-africana também enfrenta críticas por não ter abordado adequadamente as questões de desigualdade econômica e social no país. Apesar de várias políticas do governo terem sido implementadas para abordar essas questões, a desigualdade continua a ser um grande desafio para a África do Sul, com uma alta taxa de desemprego e desigualdade de renda.

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