Carreata Esvaziada em apoio ao deputado federal cassado Deltan Dallagnol em Curitiba marca o enfraquecimento do Lavajatismo
Uma carreata em apoio ao deputado federal cassado Deltan Dallagnol ficou esvaziada em Curitiba. A carreata contou com três carros e cerca de 20 apoiadores. Dallagnol foi cassado por ter infringido a Lei da Ficha Limpa ao sair do Ministério Público Federal em novembro de 2021. Ele pode recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto isso, Itamar Paim assume a vaga na Câmara dos Deputados. Nas redes sociais, a carreata foi criticada e defendida por diferentes internautas. Para domingo, está previsto um ato público em apoio a Dallagnol em Curitiba.
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O vazio nas ruas: perda de espaço do bolsonarismo e petismo abre oportunidade para a esquerda se reinventar
Nos últimos tempos, temos observado uma mudança no cenário político brasileiro, marcado pela perda gradual de espaço tanto do bolsonarismo quanto do petismo. Enquanto o bolsonarismo enfrenta processos legais e uma diminuição na capacidade de mobilização nas ruas, o petismo tem mostrado uma baixa adesão popular direta. Essa conjuntura de enfraquecimento abre um vácuo que pode ser preenchido pela esquerda, desde que esta seja capaz de se reinventar e apresentar uma agenda propositiva.
O bolsonarismo, que surgiu com força nas eleições de 2018, tem enfrentado desafios significativos recentemente. O presidente Bolsonaro se encontra envolvido em diversos processos legais, o que tem impactado sua imagem e credibilidade. Além disso, as manifestações em seu apoio têm tido uma adesão cada vez menor, como evidenciado pela carreata vazia em defesa do lavajatismo. Esses fatos indicam que o bolsonarismo não está apenas na defensiva, mas também está enfraquecendo gradualmente.
Por outro lado, o petismo, que no passado teve uma forte adesão popular, também tem enfrentado dificuldades em mobilizar as massas. O 1° de Maio, tradicionalmente um momento de mobilização petista, mostrou uma baixa capacidade de convocação e uma falta de apoio direto da população. Isso reflete uma perda de conexão e identificação com o partido, gerando um vácuo nas ruas.
Diante desse cenário de enfraquecimento tanto do bolsonarismo quanto do petismo, surge uma oportunidade para a esquerda se reposicionar e conquistar um espaço político significativo. No entanto, para aproveitar essa oportunidade, é necessário abandonar as práticas antigas e se reinventar. A esquerda precisa ir além da crítica destrutiva aos governos anteriores do PT e apresentar uma agenda propositiva, capaz de inspirar e mobilizar as pessoas em torno de causas relevantes.
É fundamental que a esquerda seja capaz de oferecer propostas concretas e soluções para os problemas enfrentados pela sociedade. Isso implica em apresentar um projeto político coerente, baseado em valores progressistas, inclusão social, sustentabilidade e justiça. A crítica propositiva deve ser acompanhada de ações efetivas, seja por meio de mobilizações nas ruas, seja através da participação ativa nas instituições democráticas.
A ocupação do vazio nas ruas requer a construção de um novo movimento político, capaz de agregar diferentes setores da sociedade em torno de uma visão comum. É necessário estabelecer alianças, dialogar com os movimentos sociais, ouvir as demandas da população e traduzi-las em propostas concretas. A esquerda precisa se aproximar das pessoas, conquistar corações e mentes, e demonstrar que possui respostas para os desafios do país.
O declínio do bolsonarismo e a queda de popularidade do petismo abrem uma oportunidade para a esquerda se reinventar e ocupar um espaço político significativo. No entanto, isso requer uma mudança de postura, abandonando a crítica destrutiva e adotando uma abordagem propositiva. É fundamental apresentar uma agenda coerente e mobilizar as pessoas em torno de causas relevantes. O momento é propício para a construção de um movimento político renovado, capaz de preencher o vazio nas ruas e propor uma visão transformadora para o país.
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