Augustin Cueva: Algumas ideias
Augustin Cueva foi um filósofo e sociólogo equatoriano, nascido em 29 de abril de 1937, na cidade de Loja. Ele estudou filosofia e direito na Universidade Central do Equador, em Quito, e mais tarde completou um doutorado em sociologia na Universidade de Paris, na França. Ele foi um dos principais teóricos marxistas da América Latina e contribuiu significativamente para o desenvolvimento do pensamento crítico no continente. Cueva morreu em 1992, deixando um legado duradouro na filosofia e na sociologia.
O trabalho de Cueva surgiu em um contexto de crescente agitação política na América Latina durante a década de 1960 e 1970. Ele foi influenciado pelos movimentos de libertação nacional em todo o continente, bem como pelos escritos de Karl Marx e Friedrich Engels. Cueva estava particularmente interessado em como o marxismo poderia ser aplicado às condições específicas da América Latina, e ele argumentou que os países latino-americanos eram marcados por uma série de contradições que poderiam ser exploradas para promover a mudança social.
Uma das principais ideias de Cueva foi que a luta de classes era a força motriz da história. Ele argumentou que as relações sociais de produção determinam o modo como uma sociedade é organizada e que a classe dominante busca manter seu poder explorando a classe trabalhadora. Cueva também enfatizou a importância da dialética na análise social, argumentando que a mudança social ocorre quando contradições internas dentro de uma sociedade se tornam insustentáveis.
Outro conceito importante de Cueva foi a ideia de dependência. Ele argumentou que os países latino-americanos eram dependentes do capitalismo internacional e que essa dependência impediu o desenvolvimento econômico e social. Ele defendeu a necessidade de uma mudança radical no sistema econômico, a fim de permitir que os países latino-americanos se desenvolvessem independentemente.
Um dos conceitos centrais de Cueva era a ideia de que as relações sociais de produção são fundamentais para a organização de uma sociedade. Ele argumentou que as relações entre proprietários e trabalhadores determinam a forma como a produção é organizada e como os recursos são distribuídos. Isso levou Cueva a se concentrar na luta de classes como a força motriz da história. Ele argumentou que a classe trabalhadora tem um interesse fundamental em superar a exploração e a opressão e que a mudança social ocorre quando a classe trabalhadora se organiza para desafiar a classe dominante.
A dialética também desempenhou um papel fundamental no trabalho de Cueva. Ele argumentou que a mudança social ocorre quando as contradições dentro de uma sociedade se tornam insustentáveis. Por exemplo, as contradições entre as necessidades dos trabalhadores e as demandas da classe dominante podem levar a um conflito que, por sua vez, pode levar a uma mudança social. Cueva enfatizou que as mudanças sociais são muitas vezes imprevisíveis e que é necessário
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Resumo de uma das Teses de Cueva:
O desenvolvimento do capitalismo nas áreas subdesenvolvidas e dependentes segue as mesmas leis que governam qualquer desenvolvimento capitalista. Não há nenhuma lei que impeça a reprodução ampliada do modo de produção capitalista e suas contradições nessas regiões. O desenvolvimento dessas áreas é regido por leis objetivas de acumulação, concentração e centralização do capital. O fato de que o desenvolvimento capitalista não tenha levado a uma melhor distribuição de propriedade, renda e poder é um problema que diz respeito à história das ideologias e suas ilusões, mas não é um caso aberrante. Não há possibilidade de o desenvolvimento do capitalismo favorecer a criação de economias nacionais autônomas, nem de suprimir as especificidades de cada formação nacional. A América Latina experimentou um processo de desenvolvimento desigual de cada entidade nacional, com casos de completa estagnação e de desenvolvimento acelerado. Não há uma formação econômica e social capitalista mundial, mas sim uma cadeia composta de múltiplas entidades nacionais.
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