Walter Góes: Integração para quem?

Walter Góes: Integração para quem? 


Waldez Góes, o governador do Amapá, foi nomeado ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Góes é aliado do senador Davi Alcolumbre e comandará a pasta que controla a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), alvo de interesse do centrão. A bancada do partido preferia o deputado federal Elmar Nascimento, mas o nome foi vetado pelo PT baiano. Góes nasceu em Gurupá, Pará, em 1961, é técnico agrícola e formado em Políticas Públicas. Ele se filiou ao PDT em 1989 e foi eleito deputado estadual em 1990. Já foi governador do Amapá por três mandatos e concorreu a uma vaga no Senado em 2010.

O papel do Ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento pode variar de acordo com o país em questão. No Brasil, por exemplo, o Ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento é responsável por coordenar políticas públicas e programas de desenvolvimento regional, além de promover a integração entre as diferentes regiões do país.

Entre as atribuições do ministro estão:

Elaborar e coordenar políticas e programas de desenvolvimento regional;

Estimular a integração entre as diferentes regiões do país;

Coordenar ações para a redução das desigualdades regionais;

Promover o desenvolvimento sustentável, com foco em áreas como agricultura, energia, recursos hídricos, infraestrutura e transporte;

Acompanhar e fiscalizar a execução de projetos e programas sob a responsabilidade do Ministério;

Articular parcerias com outros órgãos governamentais e com entidades da sociedade civil para o desenvolvimento regional;

Promover a articulação entre os estados e municípios para a execução de políticas e programas de desenvolvimento.

Portanto, o Ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento é responsável por promover o desenvolvimento regional de forma integrada e sustentável, reduzindo as desigualdades entre as diferentes regiões do país

A desigualdade regional no Brasil tem raízes históricas que remontam a época colonial, quando as regiões litorâneas foram privilegiadas com relação a investimentos e desenvolvimento econômico em comparação com o interior do país.

Durante o período da República Velha, o crescimento econômico baseou-se na exportação de produtos agrícolas e minerais, principalmente concentrados nas regiões Sul e Sudeste. A partir da década de 1950, o país passou por um processo de industrialização que intensificou a desigualdade regional, com a concentração da indústria e do poder econômico nas regiões Sul e Sudeste.

Nos anos de 1980 e 1990, o governo implementou políticas de desenvolvimento regional, com o objetivo de equilibrar o desenvolvimento econômico entre as regiões. No entanto, essas políticas não foram totalmente efetivas e a desigualdade regional persiste até hoje.

A desigualdade regional no Brasil é refletida em diversos aspectos, como a diferença de renda per capita, o acesso a serviços de saúde e educação, infraestrutura, entre outros. A superação dessa desigualdade é um desafio persistente para o país.
 
Nelson Werneck Sodré foi um importante intelectual e historiador brasileiro, conhecido por sua contribuição ao debate sobre a integração nacional no Brasil. Em sua obra, ele abordou a questão da desigualdade regional e sua relação com o processo de integração nacional.

O autor argumentou que a integração nacional no Brasil era importante para superar a desigualdade regional e fortalecer a unidade do país. Ele defendeu a idéia de que a integração deveria ser alcançada por meio de políticas públicas, que promovessem o desenvolvimento econômico e social das regiões menos desenvolvidas do país.

Além disso, Sodré também discutiu a importância da integração dos meios de transporte, como ferrovias e rodovias, para promover a integração nacional e a circulação de pessoas, bens e informações.

Em resumo, a obra e o pensamento de Nelson Werneck Sodré têm sido referência importante para o debate sobre a integração nacional e a desigualdade regional no Brasil, e continuam sendo relevantes até hoje.

Agora, há uma contradição inerente:

Integrar para privatizar ou para desenvolver e socializar a riqueza. O autor, Tom, aparentemente tem uma postura crítica em relação à primeira opção e sugere que a segunda é mais adequada.

A primeira opção, integrar para privatizar e circular capital, pode ser vista como uma abordagem que enfatiza a eficiência econômica e a maximização do lucro. Ao integrar o país, busca-se abrir as portas para o investimento privado, promover a concorrência e aumentar a produtividade. Essa abordagem pode trazer benefícios para a economia e gerar crescimento, mas também pode levar à concentração de riqueza nas mãos de poucos, à exploração de trabalhadores e ao enfraquecimento do Estado como regulador e provedor de serviços públicos.

Já a segunda opção, integrar para desenvolver e socializar a riqueza, parece colocar mais ênfase na justiça social e na equidade. Nesse caso, a integração do país é vista como um meio para garantir o desenvolvimento econômico de forma sustentável e compartilhada. Isso envolve investir em educação, saúde e infraestrutura, além de garantir que os benefícios do crescimento sejam distribuídos de forma mais justa. Essa abordagem pode contribuir para reduzir as desigualdades sociais e fortalecer o Estado como agente de transformação social.

Cabe saber se Walter Góes seguirá um caminho ou outro: e aí ministro, qual será? 

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