Velozes e furiosos 10: Estamos rápidos demais!
Velozes e Furiosos 10". A data de lançamento originalmente prevista para 7 de abril de 2023 foi adiada para 19 de maio de 2023, e a história será dividida em duas partes, com a conclusão prevista para meados de abril de 2024. O filme deve ser exibido apenas nos cinemas. O primeiro pôster foi revelado em 31 de janeiro de 2023 e mostra Dominic Toretto (Vin Diesel) segurando uma cruz. O elenco principal incluirá Vin Diesel, Michelle Rodriguez, Jordana Brewster, Tyrese Gibson, Ludacris, Sung Kang, Nathalie Emmanuel e John Cena. A personagem Cipher, interpretada por Charlize Theron, também retornará como vilã. Jason Momoa se juntou ao elenco como um novo vilão.
Hollywood tem sido cada vez mais dependente de franquias nos últimos anos, com 8 dos 10 filmes mais lucrativos da história sendo parte de franquias bilionárias. A ideia de continuações já é antiga, mas o sucesso de filmes como "Star Wars" e "Tubarão" na década de 70 fez com que Hollywood se desse conta do potencial financeiro das franquias. Antes, as continuações eram feitas sem muito esforço ou cuidado artístico, mas hoje em dia elas são produzidas com mais investimento e cuidado. A popularidade das franquias cresceu com séries como Harry Potter, O Senhor dos Anéis, Homem-Aranha e Piratas do Caribe. O avanço tecnológico e o crescimento do mercado internacional também contribuíram para o aumento da dependência de franquias em Hollywood.
De acordo com Adorno e Horkheimer, a Indústria Cultural é um conceito que descreve a produção em massa de bens culturais, como filmes, livros, música e outros, que são destinados a atender aos desejos e necessidades de grandes grupos de consumidores, e não a expressão artística autêntica. Nesse sentido, "Velozes e Furiosos" é um exemplo claro de produção em massa de entretenimento, que é feita com o objetivo de atrair o maior público possível, e não com o objetivo de expressar uma visão autêntica ou artística da vida.
Adorno define a indústria cultural como a estandardização dos produtos culturais e a racionalização de sua divulgação. Ele argumenta que, apesar de a indústria cultural ser uma técnica racional de produção, ela também é uma indústria de "serviços" que se alimenta da exploração comercial da individualidade artística. Adorno argumenta que a indústria cultural é uma forma parasita da técnica de produção de bens materiais, e que sua técnica é externa à própria coisa cultural, o que leva a um pastiche de elementos formais e individualistas. A falta de um princípio alternativo à aura da obra de arte tradicional leva a uma aura putrefata, que denuncia sua aberração ideológica.
A "perda da aura" de W. Benjamin se refere à perda da singularidade e unicidade de uma obra de arte devido à sua reprodução em massa e sua disponibilidade para um público amplo, simultaneamente e sem apreço a objetivos puramente artísticos. No caso de "Velozes e Furiosos", a franquia é amplamente conhecida e amplamente disponível para o público em todo o mundo, e isso tem resultado na perda da aura da obra original, que é transformada em uma obra comercializável e padronizada para atender aos desejos do público em massa.
Em resumo, a franquia "Velozes e Furiosos" aparenta ser, mais uma vez, sintoma dos fins que a indústria cultural da ao cinema por ser uma obra produzida em massa, destinada a atender aos desejos do público em massa e perder sua singularidade e unicidade devido à sua disponibilidade ampla, ao mesmo tempo, para tal se torna vazia, renuncia seu estado de arte e se rebaixa a uma mera mercadoria no campo da circulação.
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