The Flash: Rápido demais

The Flash: Rápido demais


"The Flash" é um filme de super-herói baseado no icônico personagem da DC Comics. Dirigido por Andy Muschietti e estrelado por Ezra Miller, o longa promete trazer muitas surpresas aos fãs do velocista escarlate. Segundo o roteirista, Christina Hodson, a trama envolverá uma abordagem multiversal, apresentando diferentes versões do personagem, além de contar com a presença de personagens clássicos da DC, como o Batman, interpretado por Michael Keaton. Com lançamento previsto para novembro de 2022, "The Flash" é uma das grandes apostas da DC no cinema e promete levar os fãs em uma emocionante jornada através do tempo e do espaço.

The Flash é um personagem da DC Comics que foi criado em 1956 por Robert Kanigher e Carmine Infantino. A história original do personagem é centrada em Barry Allen, um policial forense que ganha seus poderes de supervelocidade após ser atingido por um raio eletromagnético enquanto trabalhava no laboratório da polícia. Com seus novos poderes, Barry se torna o Flash e decide usar suas habilidades para combater o crime e proteger a cidade de Central City. Ao longo dos anos, o personagem teve várias histórias icônicas nos quadrinhos, enfrentando inimigos como o Gorila Grodd, o Professor Zoom e o Capitão Frio, e também fazendo parte de equipes como a Liga da Justiça. Além de Barry Allen, outros personagens assumiram o manto do Flash ao longo do tempo, como Jay Garrick e Wally West, e todos eles têm um lugar especial nos corações dos fãs da DC.

O termo "Disneyficacao" se refere a um processo de suavização e padronização da cultura popular, que se tornou mais comum na produção de filmes de heróis nos últimos anos. Isso inclui a eliminação de elementos sombrios e perturbadores em favor de histórias mais simples e facilmente digeríveis, bem como a incorporação de valores familiares e uma ênfase na ação e na diversão.

Os filmes de heróis da Marvel, por exemplo, são frequentemente citados como exemplos desse processo de Disneyficacao. Embora sejam baseados em personagens complexos e conflitantes dos quadrinhos, os filmes da Marvel muitas vezes simplificam esses personagens e suas histórias em favor de tramas mais acessíveis e amigáveis para as famílias.

Essa Disneyficacao tem sido criticada por alguns, que argumentam que a falta de profundidade e complexidade nos filmes de heróis pode ser prejudicial para o desenvolvimento da cultura popular como um todo. 

Assim como a Marvel, a DC Comics também passou por um processo de Disneyficacao em seus filmes de heróis. Os filmes da DC, como "Batman vs Superman" e "Liga da Justiça", são conhecidos por simplificar as histórias complexas e multifacetadas dos personagens dos quadrinhos, oferecendo tramas mais amigáveis para o grande público. A DC também incorporou valores familiares e de amizade em suas histórias, buscando atrair um público mais amplo, incluindo crianças e adolescentes.

A crítica à indústria cultural pode ser aplicada ao gênero dos filmes de heróis, como o recente lançamento "The Flash". De acordo com os conceitos de Walter Benjamin, a indústria cultural produz uma cultura de massa padronizada e uniforme, que é facilmente consumida pelo público, mas que também perde sua autenticidade e originalidade. Isso pode ser visto em filmes de heróis que seguem uma fórmula previsível e repetitiva, com personagens estereotipados e tramas previsíveis.

Adorno, também aborda a indústria cultural e a produção em massa de bens culturais. Ele critica a padronização e a homogeneização da cultura, argumentando que ela é produzida em série para atender aos desejos e necessidades da sociedade capitalista. Isso pode ser observado em filmes de heróis que seguem um modelo preestabelecido e buscam atender às expectativas do público, em vez de buscar a originalidade e a autenticidade.

Já Kurz, argumenta que a indústria cultural é uma forma de controle social que se reflete em todas as esferas da vida cultural, inclusive no cinema. Ele destaca que a cultura de massa é produzida para manter o status quo e reforçar a ideologia dominante. Isso pode ser visto em filmes de heróis que promovem uma visão de mundo simplista e maniqueísta, em que o bem e o mal são claramente definidos, e em que a justiça é garantida pela força física.

Portanto, a crítica à indústria cultural e aos filmes de heróis deve alertar para o fato de que esses produtos são produzidos com base em uma lógica de lucro e controle, que pode afetar negativamente a qualidade e a diversidade da produção cultural. É preciso estar atento às formas de poder e controle que estão presentes na produção cultural, e buscar formas de produzir e consumir cultura que sejam mais críticas, autênticas e representativas da diversidade cultural

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